Uma missão composta por representantes de entidades de direitos humanos e parlamentares visitará as terras dos povos Avá-Guarani e Guarani Kaiowá entre quarta-feira (11) e sexta-feira (13). As visitas ocorreram no oeste do Paraná e Mato Grosso do Sul, onde os territórios indígenas foram alvo de ataques nos últimos dois meses, conforme relatado por organizações da sociedade civil.

O objetivo da missão é apoiar as comunidades locais, ouvir suas demandas e buscar formas de combater o aumento da violência, incluindo ameaças, agressões e crimes de incêndio. Em agosto, indígenas Avá-Guarani que vivem em Tekoa Yhovy, em Guaíra (PR), foram atacados por fazendeiros armados, resultando na internação de seis pessoas.

A missão foi organizada pelo Coletivo de Solidariedade e Compromisso com os Povos Guarani, que inclui organizações indigenistas, de direitos humanos e movimentos sociais, como a Comissão Arns, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) , a Aty Guasu (Grande Assembleia Guarani e Kaiowá), a Campanha Contra a Violência no Campo, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Rede de Apoio e Incentivo Socioambiental (Rais). A Polícia Rodoviária Federal fornecerá escolta ao grupo.

Participam da missão representantes dos ministérios dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e da Defensoria Pública da União (DPU). As visitas ocorreram nos municípios de Terra Roxa e Guaíra, no Paraná, e em Dourados, no Mato Grosso do Sul.