Menina de 7 anos morre por meningite bacteriana em Campo Grande
- porRedação
- 03 de Outubro / 2024
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| Créditos: Reprodução/Dive/SC
Uma menina de 7 anos morreu na última terça-feira (1º) vítima de meningite meningocócica + meningicocemia, em Campo Grande. Este é o primeiro caso com quadro bacteriano diagnosticado este ano na cidade e a décima morte por meningite em 2024. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que descartou a existência de um surto da doença na capital.
A criança, que estudava na Escola Municipal Professora Ione Catarina Gianotti Igydio, foi internada no Hospital Cassems no mesmo dia do óbito, mas não resistiu. Segundo a Sesau, a menina estava com todas as vacinas em dia e a cobertura vacinal contra a meningite na cidade é considerada boa.
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, lamentou o ocorrido e afirmou que a pasta está tomando todas as medidas necessárias para evitar a propagação da doença. "É preciso não ter pânico. É uma doença contagiosa, mas está sendo feita a profilaxia e a observação das pessoas que tiveram contato com a vítima", disse.
A Sesau informou que 31 crianças e dois funcionários da escola onde a menina estudava, além de dois adultos e duas crianças que moravam na mesma casa que a vítima, receberam profilaxia com o medicamento rifampicina. A pasta também está monitorando os contactantes por 60 dias para identificar possíveis sintomas da doença.
A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana grave que pode levar à morte em poucas horas. Os sintomas incluem dor de cabeça persistente, dor abdominal, dor na nuca, náuseas e vômitos. A Sesau orienta que as pessoas que apresentarem esses sintomas procurem uma unidade de saúde.
Preocupação na escola
A morte da menina gerou preocupação entre os pais de alunos da Escola Municipal Professora Ione Catarina Gianotti Igydio. Gabriela Silva, mãe de um aluno da escola, questionou as medidas tomadas pela instituição para evitar um possível surto da doença. Ela defende que a escola deveria ter decretado luto e sido interditada por alguns dias. "A minha maior indignação é que não houve luto. Professores foram ao velório, de caixão aberto. A menina teve um quadro infeccioso e agora estão todos trabalhando normalmente", disse.
Gabriela também manifestou preocupação com o fato de o irmão da menina morta estar frequentando as aulas. A reportagem entrou em contato com a escola, mas ainda não obteve confirmação da informação.