A polícia boliviana anunciou, nesta quarta-feira, a prisão de Elvis Riola de Andrade, também conhecido como Cantor. Ele é membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e ex-diretor da Gaviões da Fiel, uma agremiação carnavalesca associada à principal torcida organizada do Corinthians. A detenção está relacionada à sua condenação pelo envolvimento no homicídio de um agente penitenciário, supostamente ordenado pela facção criminosa. Riola também é apontado como participante dos ataques ocorridos em São Paulo em 2006. Após ser preso em 2010, passou para o regime semiaberto em 2021.

O ministro de Governo da Bolívia, Eduardo del Castillo, comunicou a prisão nas redes sociais, enfatizando que o país não tolerará a presença de criminosos com histórico internacional perturbando a paz. Del Castillo classificou Riola como um perigoso fugitivo da justiça brasileira e membro do PCC.

Conforme relatos do jornal O Globo, a detenção de Riola resultou de um processo de inteligência e investigação para impedir sua instalação em solo boliviano. O ministro declarou que Riola seria transferido para a cidade de Puerto Quijarro, onde seria entregue às autoridades brasileiras na fronteira.

Imagens divulgadas pela Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico registraram o momento em que Riola foi transferido para a custódia da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul. Em comunicado, a Força Especial destacou a colaboração com as autoridades policiais brasileiras, que possibilitou a identificação, localização e captura do integrante do PCC.

Riola foi acusado do assassinato de Denílson Jerônimo, agente do Centro de Reabilitação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, em 2009. A ordem para o crime teria partido do PCC, resultando na prisão de Riola pela polícia de São Paulo no ano seguinte.