Líder de facção gaúcha é preso no Rio de Janeiro

Osoni da Conceição, vulgo Dudu, condenado há mais de 30 anos de prisão | Créditos: Delegacia de Repressão a Drogas da PF/RJ

Um foragido de 42 anos, apontado como líder de uma facção atuante na Serra gaúcha, foi preso na zona Sul do Rio de Janeiro. A prisão dele foi fruto de uma ação conjunta entre a Delegacia de Homicídios de Caxias do Sul, Polícia Federal e o 4º Batalhão de Choque da Brigada Militar. Ele foi detido na terça-feira.
Segundo as forças policiais, Osoni da Conceição, vulgo Dudu, utilizava nome falso e vivia em um apartamento no bairro de Copacabana, onde foi capturado. O criminoso era procurado há mais de três anos.
O ex-foragido é apontado como um dos líderes de uma facção criada no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, mas que também criou ramificações na Serra. A reportagem tenta contato com a defesa dele. O espaço permanece aberto.

Considerado de alta periculosidade, o traficante foi condenado, em 2009, a 30 anos de reclusão por três homicídios duplamente qualificados e uma tentativa de homicídio duplamente qualificada. Os crimes aconteceram na madrugada de 20 de maio de 2007, em frente a uma casa noturna, situada na localidade de Ana Rech, em Caxias do Sul.

Na data, segundo o Ministério Público, ele utilizou uma pistola calibre 7.65mm para matar três homens, após uma das vítimas supostamente ter se insinuado para a companheira dele.

Em novembro de 2012, ele foi um dos seis detentos que fugiu da Penitenciaria Industrial de Caxias do Sul (Pics). O grupo fugiu pelo telhado da casa prisional. Quatro deles foram recapturados no mesmo dia da fuga, incluindo Osoni, que foi atingido por uma bala de borracha e desmaiou.

O criminoso ainda responde por outros cinco processos criminais. Ele é acusado de cometer mais dois homicídios, três tentativas de homicídio qualificado, posse e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (duas vezes), tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa e favorecimento real.

Osoni também foi um dos alvos de uma ação especial da Polícia Penal, Brigada Militar e Polícia Civil na galeria C da Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, o Apanhador, em outubro de 2019. Na ocasião, foram localizadas drogas, armas artesanais, celulares, facas e um alambique artesanal, para produção de cachaça. Por conta disso, ele acabou sendo transferido para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).


Apesar da vasta ficha criminal, em janeiro de 2020, o condenado foi sido beneficiado pela progressão de regime para cumprimento do restante de sua pena em regime semiaberto, com o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, ele rompeu o dispositivo pouco tempo após receber o benefício e fugiu, permanecendo foragido desde então.

Após os procedimentos legais, o preso foi conduzido ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro, onde permanecerá à disposição da justiça. A relação dele com traficantes cariocas não é descartada.

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