Após décadas de espera, uma das vítimas do médico Alberto Jorge Rondon de Oliveira, que se apresentava como cirurgião plástico, finalmente recebeu a indenização a que tinha direito. A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul autorizou o saque de R$ 820,5 mil, de um total de R$ 1,081 milhão, que estavam bloqueados do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS).

Relembre o caso

Alberto Jorge Rondon de Oliveira aplicou golpes em 175 vítimas entre os anos de 1990 e 1999. Ele foi condenado a mais de 80 anos de prisão, mas morreu em 2022, aos 65 anos, antes de cumprir a pena.

As vítimas só puderam ser indenizadas após a condenação do CRM/MS, que foi responsabilizado por não ter punido o médico por exercício ilegal da profissão.

Demora na justiça

O caso de I.M.V.R. é um exemplo da morosidade da Justiça. Ela teve o direito à indenização reconhecido pela Justiça Federal, mas o CRM/MS ignorou a decisão judicial e tentou suspender o bloqueio dos valores. Após muita insistência, o juiz Pedro Pereira dos Santos, da 4ª Vara Federal, determinou a liberação do dinheiro para a vítima e seus advogados.

Próximos passos

I.M.V.R. ainda tem direito a receber mais R$ 261 mil para complementar o valor da indenização definida pela Justiça Federal.

O que você precisa saber sobre esse caso:

• Alberto Jorge Rondon de Oliveira se apresentava como cirurgião plástico, mas não tinha essa especialidade.
• Ele fez 175 vítimas em Mato Grosso do Sul.
• O médico foi condenado a mais de 80 anos de prisão, mas morreu antes de cumprir a pena.
• As vítimas só puderam ser indenizadas após a condenação do CRM/MS.
• O caso de I.M.V.R. é um exemplo da morosidade da Justiça brasileira.
• Ela ainda tem direito a receber mais de R$ 261 mil para complementar o valor da indenização.