O Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS) foi notificado na tarde desta quarta-feira (2) da decisão judicial que determina a suspensão da greve iniciada na última terça-feira (1º). A paralisação, que reivindica reajuste salarial e melhores condições de trabalho, afeta os serviços prestados à população, com atendimentos restritos a casos emergenciais.

O desembargador Nélio Stábile, responsável pela decisão, baseou-se em jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) que considera ilegal a greve de servidores da segurança pública. O Estado, em seu pedido de suspensão da greve, argumentou que a paralisação coloca em risco a segurança da sociedade.

Diante da notificação, a diretoria do Sinpol-MS se reunirá ainda nesta quarta-feira para avaliar as medidas a serem tomadas. O presidente do sindicato, Alexandre Barbosa da Silva, afirmou que a decisão sobre os rumos do movimento será anunciada na quinta-feira (3).

A Direção Geral da Polícia Civil (DGPC) aguarda o cumprimento da decisão judicial e o delegado-geral, Lupérsio Degerone, espera que a determinação seja acatada pelos policiais.

Reivindicações

Entre as reivindicações dos policiais civis estão reajuste salarial de 28%, aumento do auxílio-alimentação, implementação de auxílio-saúde, plantões voluntários remunerados e adicional de fronteira. O governo do Estado ofereceu a incorporação do auxílio-alimentação ao salário, além de um abono para a menor remuneração da categoria, o que representa um aumento real de 8%.

Negociações

Apesar das rodadas de negociação entre o governo, a Assembleia Legislativa e os policiais civis, não houve acordo entre as partes. A decisão judicial coloca em xeque a continuidade da greve e aumenta a expectativa sobre as próximas ações do Sinpol-MS.