A Justiça homologou um acordo de delação premiada com o empresário Milton Matheus Paiva Matos, que revelou um esquema de corrupção conduzido pelo vereador licenciado Claudinho Serra (PSDB) em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande. Com a homologação, todos os acusados ​​serão interrogados novamente em audiência a ser marcada, conforme a promotora de Justiça Bianka MA Mendes.

Milton, proprietário da 3M Produtos e Serviços LTDA, teve R$ 532.735,60 bloqueados em sua conta pessoal e na empresa, além de restrições em seus veículos. Em sua defesa, Milton argumenta que a proximidade de sua empresa com Ricardo José Rocamora, apontado como principal operador do esquema, é apenas uma coincidência, ressaltando a falta de provas concretas.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) indica que Ana Cláudia Alves Flores, uma das testemunhas, afirmou que as empresas de Milton e Rocamora realizaram o mesmo lance em uma licitação, o que sugere um vínculo com a organização criminosa.

A investigação do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) aponta que Milton e o ex-chefe de compras Tiago Basso, primeiro delator do esquema, emitiram notas fiscais para a compra de carne para indígenas, usando recursos da Prefeitura de Sidrolândia e da Fundação Municipal Indígena para fins pessoais.

Os registros no celular de Milton indicam um plano financeiro que menciona pagamentos a Claudinho Serra e Tiago Basso. Tiago, em acordo com o MPMS, devolveu R$ 80 mil como parte de sua colaboração, confirmando sua participação no esquema.

Um total de 23 investigados foram réus na operação, que continua a ser apurada pelo MPMS e pelo Gaeco.