A Justiça determinou o bloqueio de R$ 35 milhões em bens e valores das empresas responsáveis pela represa do loteamento Nasa Park, em Campo Grande, cuja barragem rompeu em agosto deste ano. A decisão do juiz Daniel Foletto Geller atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que alegou não ter encontrado patrimônio suficiente para garantir o ressarcimento dos prejuízos causados pelo desastre, que afetou diretamente pelo menos 11 famílias.

O MPE também solicitou a desconsideração da personalidade jurídica das empresas, o que foi acatado pelo juiz. Com isso, o mesmo montante foi bloqueado no patrimônio de cada um dos sócios. A ação visa assegurar recursos para a reparação integral dos danos ambientais, econômicos e sociais causados pelo rompimento da barragem.

Os promotores destacaram a urgência da medida, argumentando que a população afetada não pode esperar o fim do processo judicial para reconstruir suas vidas. Eles também alertaram para o risco de agravamento dos danos, caso medidas de mitigação não sejam implementadas rapidamente.