O deputado estadual Neno Razuk (PL) enfrentará julgamento a partir de 16 de setembro na 4ª Vara Criminal de Campo Grande, sob acusações de organização criminosa e exploração do jogo do bicho. A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna conduzirá o processo, que terá início com a oitiva de testemunhas.

A denúncia, apresentada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na Operação Sucessione, alega que o grupo utilizava violência, incluindo roubos, para controlar o jogo do bicho na capital após a Operação Omertà contra a família Name.

Além de Razuk, outros acusados incluem Diego de Sousa Nunes, Mateus Aquino Junior, Valnir Queiroz Martinelli, Manoel Jose Ribeiro, Taygor Ivan Moretto Pelissari e Gilberto Luis dos Santos, entre outros.

A juíza aceitou a denúncia em fevereiro e, após analisar as manifestações das partes, agendou a audiência de instrução. O interrogatório dos réus ocorrerá em data posterior, devido à complexidade do caso e ao grande número de testemunhas.

Embora Razuk possua foro privilegiado, o caso de Jamilson Lopes Name (PSDB), também acusado de organização criminosa e exploração do jogo do bicho, demonstra que a interferência do legislativo não é garantida.

A investigação contra Razuk teve início após a apreensão de 700 máquinas de jogo do bicho em um imóvel ligado ao deputado. O Gaeco deflagrou duas fases da Operação Sucessione e formalizou a denúncia em dezembro do ano passado.