Julgamento de magistrado aposentado por improbidade administrativa começa em julho
- porRedação
- 08 de Maio / 2025
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| Créditos: Reprodução/O Pantaneiro
O magistrado aposentado Aldo Ferreira da Silva Júnior será julgado por improbidade administrativa a partir de 2 de julho. O processo tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande. Aldo foi punido com aposentadoria compulsória pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) em fevereiro de 2022, mas ainda recebe remuneração. Em março, seu salário registrado no Portal da Transparência do TJMS foi de R$ 30.507,82.
Segundo a denúncia, o advogado Ildefonso Lucas Gessi teria pago R$ 300 mil ao magistrado para a liberação de precatórios, quantia que teria sido repassada, de forma parcelada, a Pedro André Scaff Raffi, apontado como sócio oculto de Aldo.
O processo também inclui a oitiva de testemunhas como o desembargador aposentado João Batista da Costa Marques e o advogado André Luiz Borges Netto, além do uso de provas do procedimento administrativo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), autorizadas a pedido do próprio juiz aposentado.
Aldo foi afastado da 5ª Vara da Família e Sucessões de Campo Grande em 2019, após a deflagração da Operação Espada da Justiça pelo Gaeco, que investigou suspeitas de corrupção no Judiciário. Em 2024, a operação Ultima Ratio, da Polícia Federal, indicou que o magistrado teria recebido R$ 1,1 milhão de um esquema envolvendo golpes contra aposentados.