O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Execução de Título Extrajudicial, rejeitou os embargos à execução e negou a solicitação de anulação da promissória assinada pelo ex-prefeito Nelsinho Trad (PSD). Essa decisão, além de frustrar a tentativa do senador de anular uma dívida milionária assumida em 2014, também o obrigou a pagar 15% de honorários advocatícios, elevando o montante devido para R$ 6,6 milhões.

Desde 2017, a Justiça havia ordenado que Nelsinho pagasse uma promissória de R$ 1,250 milhão, reconhecendo uma dívida de campanha com a VCA Produções. Contudo, o senador nunca cumpriu essa ordem, resultando em sete anos de inadimplência.

Para tentar evitar o pagamento, Nelsinho apresentou embargos de declaração argumentando que a VCA não havia prestado o serviço acordado. No entanto, essa estratégia foi refutada pelo juiz, que ressaltou a falta de provas por parte do ex-prefeito.

Apesar dos esforços da defesa de Nelsinho em contestar a validade da promissória, o juiz destacou a existência de um contrato assinado pelas duas partes, confirmando a natureza da dívida.

A sentença, publicada em maio deste ano, condenou Nelsinho a arcar com as custas judiciais e os honorários advocatícios, que foram calculados em 15% do valor atualizado da causa, totalizando R$ 870 mil e elevando a dívida para R$ 6,6 milhões.

A defesa do senador anunciou planos de recorrer da decisão, insistindo na inexistência da dívida. Enquanto isso, a VCA continuará buscando a execução da dívida, que já se estende por sete anos desde que a ação foi iniciada na Justiça.