INSS: Greve de servidores termina após 114 dias

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A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chegou ao fim nesta quarta-feira (6) com a assinatura de um acordo entre a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), o INSS e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

A paralisação, iniciada em julho, durou 114 dias e teve como principal motivo a reivindicação por melhorias na carreira, incluindo a exigência de nível superior para o cargo de técnico do seguro social e a transformação do cargo em carreira de Estado.

A Fenasps, última entidade a aderir ao acordo, justificou a assinatura pela necessidade de evitar a aplicação de faltas injustificadas aos servidores, o que poderia resultar em Processos Administrativos Disciplinares (PAD) e demissões. O acordo garante a retirada das faltas injustificadas e o pagamento dos dias parados.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afirmou que os prejuízos da greve não foram tão altos devido à informatização do órgão e ao menor número de adesão na reta final. Ele celebrou o retorno dos servidores e garantiu que as faltas serão abonadas e os descontos restituídos.

Pontos do acordo:

Reajustes salariais em 2025 e 2026;
Reestruturação da carreira, com aumento de 17 para 20 níveis;
Criação de um comitê para discutir a exigência de nível superior para técnicos e a transformação do cargo em carreira de Estado.
Contexto:

O INSS conta com cerca de 19 mil servidores em todo o país e recebe cerca de um milhão de pedidos de benefício por mês. A falta de pessoal é um dos principais problemas enfrentados pelo órgão. Os servidores reivindicam melhorias na carreira desde 2022, quando um acordo de greve foi assinado com o governo anterior, mas sem avanços significativos.

*Informações da Folhapress 

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