Em meio ao julgamento da Lei do Marco Temporal no STF, indígenas de Campo Grande se manifestaram na Praça do Rádio contra a medida nesta segunda-feira (5). O ato reuniu representantes de diversas etnias e contou com o apoio de grupos não indígenas.

Agnaldo Terena, conselheiro municipal de Direito e Defesa dos Povos Indígenas, destacou a importância do movimento nacional e criticou a falta de vontade política para resolver a questão. Aliscinda Tibério, cacica da aldeia urbana Água Bonita, defendeu a demarcação de terras como reparação histórica e lembrou a participação dos povos indígenas na Guerra do Paraguai.

O protesto também contou com a presença de grupos como Akilombar e Coletivo Terra Vermelha, que atuam em apoio à causa indígena. Fernanda Teixeira, do Coletivo Terra Vermelha, ressaltou a importância da conscientização sobre o tema.

O STF iniciou as audiências sobre o marco temporal, convocadas pelo ministro Gilmar Mendes, a pedido de partidos que defendem a medida. A previsão é que as reuniões se estendam até dezembro.