Incêndios florestais no Pantanal crescem mais de 1000%, alerta SOS Pantanal

| Créditos: Instituto Homem Pantaneiro/Gustavo Figueiroa

O Pantanal enfrenta uma grave crise hídrica em 2024, com rios atingindo níveis mínimos históricos e uma seca considerada uma das piores já registradas no bioma. A situação é agravada pelo aumento de mais de 1000% nos incêndios florestais em comparação com o mesmo período de 2023, segundo análise do SOS Pantanal. A região já registra níveis de incêndio próximos aos de 2020, ano em que mais de 26% do território foi consumido pelas chamas.

A Bacia do Alto Paraguai, abrangendo áreas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é uma das mais afetadas pela seca, impactando setores como abastecimento humano, navegação, geração de energia e atividades econômicas locais. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou estado de escassez hídrica na região até outubro de 2024.

Diante do cenário crítico, o SOS Pantanal emitiu uma nota técnica com recomendações urgentes para o poder público, incluindo a criação de uma sala de situação integrada para monitorar as condições meteorológicas, a propagação de incêndios e a mobilização de recursos. O instituto também realizou treinamentos para brigadas de combate a incêndios e propõe medidas de curto e médio prazo para prevenir e combater as queimadas.

Entre as recomendações, estão a criação de uma Sala de Crise para monitorar a situação na Bacia do Alto Paraguai, a implementação de políticas estaduais de prevenção e combate a incêndios e a elaboração de um calendário anual para o Manejo Integrado do Fogo em 2025.

Especialistas alertam para a necessidade de ações urgentes e integradas para evitar uma tragédia ambiental no Pantanal, que abriga uma rica biodiversidade com mais de 4.700 espécies, algumas delas em risco de extinção.

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