Incêndio destrói santuário de araras-azuis e onças no Pantanal

Imagem ilustrativa | Créditos: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Instituto Arara Azul, liderado pela bióloga Neiva Guedes, enfrenta uma nova ameaça no Pantanal: o fogo. Nos dias 1º e 2 de agosto, um incêndio de grandes proporções atingiu a Estância Caiman, no Mato Grosso do Sul, consumindo quase 80% da área de 53 mil hectares. A propriedade abriga projetos de conservação como o Onçafari e o Instituto Tamanduá, além de ser um santuário para araras-azuis, onças e tamanduás.

Neiva Guedes descreveu o incêndio como sem precedentes, destacando a destruição de árvores centenárias, essenciais para a alimentação das araras-azuis. O fogo também causou a morte de vários animais, apesar dos esforços de resgate. O diretor do SOS Pantanal, Gustavo Figueirôa, ressaltou o impacto devastador do fogo e da seca na fauna local, afirmando que muitos animais sobreviventes enfrentam condições de terra arrasada.

O Instituto Tamanduá, que já estava reabilitando filhotes de tamanduás afetados por incêndios anteriores, teve que interromper o processo de reintrodução na natureza, o que representa um retrocesso significativo nos esforços de conservação. As araras, embora capazes de escapar do fogo, sofrem com os efeitos a longo prazo da fumaça, que inclui problemas respiratórios e baixa imunidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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