O Ibama recuou da decisão inicial de dispensar estudos de impacto ambiental para a dragagem do Rio Paraguai, exigindo agora análises aprofundadas que podem levar até dois anos. A mudança ocorre em meio a um período de seca extrema, com o rio em Ladário atingindo níveis críticos.

A decisão inicial do Ibama havia sido comunicada ao governo estadual durante a visita do presidente Lula a Corumbá, em julho. No entanto, a equipe técnica do Instituto entendeu que, mesmo se tratando de dragagem de manutenção, estudos detalhados são necessários.

A mudança de postura pode ter sido influenciada por uma carta assinada por 37 pesquisadores, incluindo especialistas internacionais, que alertaram para os riscos da dragagem em um período de seca excepcional.

A dragagem, defendida pelo DNIT e setores exportadores, visa garantir a navegabilidade da hidrovia durante todo o ano. No entanto, ambientalistas temem os impactos sobre o ecossistema já fragilizado pela seca.

Com a exigência dos estudos, a dragagem está suspensa por tempo indeterminado, impactando o transporte de cargas na região e gerando debates sobre o futuro da hidrovia.