Em meio ao combate aos incêndios florestais que assolam o Pantanal sul-mato-grossense desde abril, o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap) atua em duas frentes cruciais: o afugentamento de animais de áreas de risco e o aporte nutricional em locais já atingidos pelas chamas.

O secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Arthur Falcette, destaca a importância dos aceiros, corredores sem vegetação que permitem a fuga da fauna e são construídos tanto pelo Corpo de Bombeiros quanto por proprietários rurais.

O aporte nutricional, realizado em áreas onde o fogo consumiu a biomassa, visa garantir a alimentação dos animais até que o ecossistema se regenere. Falcette enfatiza que essa prática, diferente da ceva de animais silvestres, é legal e essencial para a sobrevivência da fauna.

O monitoramento realizado pelo Gretap após o aporte nutricional confirmou a presença de cervos pantaneiros, aves e roedores se alimentando nos locais destinados ao atendimento.

Enquanto isso, o combate aos incêndios, que já mobilizou mais de mil bombeiros e brigadistas, conta com reforço constante de outros estados e recursos federais que somam cerca de R$ 187,6 milhões. A previsão do tempo, com altas temperaturas, baixa umidade e ausência de chuva, aumenta o risco de novos focos de incêndio.

O governo estadual, em parceria com o governo federal, segue monitorando a situação e intensificando as ações de combate e prevenção, com foco na região da Nhecolândia, recentemente atingida por um incêndio de grandes proporções.