O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima divulgou na última terça-feira que 90% dos incêndios registrados no Pantanal estão controlados ou extintos. Dos 116 focos identificados, 83 já foram apagados e 21 estão sob controle, restando 12 ainda ativos. O governo federal também informou que seus esforços resultaram no controle ou extinção de 65% das queimadas na Amazônia e no Cerrado.

Apesar dos avanços no combate aos incêndios, os dados sobre a área queimada entre 1 de janeiro e 1 de setembro de 2024 são alarmantes. O Pantanal perdeu 1.708.750 hectares (11,3% de sua área total), a Amazônia 8.054.350 hectares (1,9%) e o Cerrado 8.994.925 hectares (4,53%). A seca extrema e o uso inadequado do fogo são apontados como as principais causas dos incêndios.

A ministra Marina Silva ressaltou a necessidade de endurecer as penalidades para crimes ambientais e defendeu a criação de uma figura legal que reconheça a 'emergência climática'. Ela criticou a impunidade de incendiários e cobrou maior responsabilidade individual no combate às queimadas.

O governo federal iniciou ações preventivas no Pantanal em setembro de 2023, buscando evitar um cenário ainda mais grave. As mudanças climáticas, a seca e o uso indevido do fogo anteciparam a temporada de incêndios, mas as medidas preventivas têm ajudado a mitigar os danos.

A criminalização das queimadas ilegais e a adaptação às mudanças climáticas são prioridades na agenda ambiental do governo. A ministra Marina Silva afirmou que o legado de sua gestão será um plano estruturado para adaptar o país aos desafios climáticos, com foco na prevenção e no controle do uso inadequado do fogo.