Gasoduto entre Argentina e Brasil via Paraguai pode garantir segurança energética a MS

| Créditos: Foto: Stéferson Faria/Agência Petrobras


Argentina e Paraguai assinaram, nesta quarta-feira (2), um acordo para a construção do Gasoduto Bioceânico, que ligará os campos de gás de Vaca Muerta, na Argentina, ao Brasil, passando pelo território paraguaio. O projeto é visto como alternativa estratégica para Mato Grosso do Sul, que enfrenta queda no fornecimento de gás natural da Bolívia — sua principal fonte de abastecimento.

O memorando foi firmado durante a Cúpula de Presidentes do Mercosul, em Buenos Aires, e prevê a criação de um grupo técnico para estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da obra. A principal rota cogitada atravessa o Chaco paraguaio, conectando o gás argentino ao mercado brasileiro.

Segundo o governo paraguaio, parte do gás ficará no país para abastecer o setor industrial local. A obra integra a Rota Bioceânica de Capricórnio, corredor que liga Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, facilitando o escoamento de produtos entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Em Mato Grosso do Sul, a redução na importação de gás boliviano afetou a arrecadação do ICMS, que caiu US$ 156 milhões no primeiro semestre. Apesar da expectativa de crescimento de 5,5% no PIB, o governador Eduardo Riedel (PSDB) classificou o cenário como paradoxal e afirmou que ajustes no orçamento serão necessários.

A nova alternativa poderá ampliar a segurança energética no Estado. A MSGÁS já estuda a expansão da rede, com projetos como o ramal até Inocência, para atender a futura fábrica da Arauco, e novos empreendimentos em Campo Grande. Enquanto isso, o Gasbol segue operando, mas com oferta limitada.

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