Uma ação conjunta do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Polícia Militar Ambiental (PMA) e Grupamento de Operações Aéreas do Governo do Estado identificou 18 fazendas onde se originaram incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense entre 10 de maio e 23 de junho de 2024. A área total atingida pelos focos de incêndio chega a 56.631,68 hectares.

O trabalho de fiscalização, que conta com o apoio de um helicóptero, utiliza o Núcleo de Geotecnologias (Nugeo) do MPMS para identificar os locais de ignição, que são posteriormente investigados pela polícia. Desde o início da operação, em 25 de junho, outros 13 pontos de ignição foram identificados e serão investigados.

O promotor de Justiça do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet, destacou a importância da ação, mesmo que nem sempre seja possível comprovar a intencionalidade dos incêndios. "O Ministério Público vai tomar providências em todos esses casos para a reparação desse dano e especialmente para adoção de medidas preventivas, a fim de tentar evitar que novos incêndios comecem nestas áreas", afirmou.

Embora um relatório preliminar já tenha sido concluído, ainda não foi possível identificar os autores dos incêndios. As investigações apontam que alguns focos começaram próximos a estradas, rios e a até 20 quilômetros da sede das fazendas. Os proprietários das fazendas alegam que o prejuízo causado pelo fogo é maior do que o benefício da queima para abrir pastagem.

O tenente-coronel Fábio Gonçalves, comandante da aeronave, ressaltou a importância do uso do helicóptero na identificação dos focos de incêndio e no auxílio aos animais afetados. "O Governo do Estado tem feito uma força-tarefa para identificar esses focos, os recursos estão sendo colocados para que a gente consiga dar uma resposta que a sociedade precisa", disse.