A Junta Governativa da Federação Estadual de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) anunciou a suspensão da assembleia que seria realizada na tarde desta quinta-feira (25). A decisão, tomada após intensas reuniões e debates, visa proporcionar mais tempo para a análise e consideração das sugestões relativas à proposta de reforma estatutária.

Estevão Petrallás, presidente interino da FFMS, comunicou que uma nova assembleia será convocada para o dia 6 de agosto, às 14h, com o objetivo de discutir exclusivamente a reforma do estatuto social da entidade. A proposta inicial será ajustada para incluir as contribuições dos filiados e da própria federação.

A decisão pretende assegurar ampla participação e debate sobre as mudanças estatutárias, reforçando o compromisso da Federação com a transparência e a democracia.

Dos dez clubes que disputaram o Campeonato Sul-Mato-Grossense Série A de 2024, apenas o Operário Futebol Clube não assinou o edital de convocação que visa destituir o presidente afastado, Francisco Cezário de Oliveira. Na Série B, Misto Esporte Clube e Operário Caarapoense também não participaram.

Os clubes que assinaram o edital utilizaram a prerrogativa prevista no estatuto da FFMS, que permite convocar uma assembleia geral extraordinária com o apoio de mais de um terço dos filiados.

A pauta da assembleia inclui a ratificação do quadro de filiados, a reforma integral do estatuto social e a destituição de Francisco Cezário de Oliveira, afastado desde 27 de maio. As propostas de mudança no estatuto envolvem o peso dos votos dos filiados, prazo de mandato, reeleição, requisitos para a presidência, composição da chapa eleitoral, regras para eleição e contratação de diretor financeiro independente.

Atualmente, o mandato é de quatro anos com direito a uma reeleição. A proposta mantém esse prazo, mas altera o peso dos votos, dando mais relevância aos clubes da Série A dos últimos cinco anos. Para presidir a Federação, a exigência atual de três anos como presidente de clube profissional seria reduzida para dois anos, exclusivamente em Mato Grosso do Sul. Também se propõe impedir candidaturas de pessoas condenadas, mesmo administrativamente.

A votação para a presidência, que atualmente é secreta, passaria a ser aberta e em ordem alfabética, conforme a nova proposta.

Caso as deliberações sejam aprovadas, uma data para as eleições gerais será discutida, com previsão para 22 de agosto.