Ex-vereador do PSDB comandava esquema de corrupção, vai para prisão domiciliar em MS
- porRedação
- 07 de Agosto / 2024
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| Créditos: Reprodução/Gaeco
Três investigados pela Operação Laços Ocultos foram presos novamente: Júlio Arantes Varoni (empreiteiro), Jucelia Barros Rodrigues (servidora municipal) e Joice Mara Estigarribia da Silva (empresária e delatora). Eles são acusados de integrar um esquema de corrupção liderado por Valter Brito da Silva (PSDB), ex-vereador de Amambai, a 354 km de Campo Grande.
Valter Brito, que também é empresário e ex-vice-prefeito do município, cumpre prisão domiciliar. Sua filha, Letícia de Carvalho Teoli Vitorasso, está em liberdade provisória com monitoramento eletrônico. O genro de Valter, Jonathan Fraga de Lima, cumpre medidas cautelares.
Envolvimento no esquema
- Júlio Arantes Varoni: Sócio de empresas com contratos elevados com a prefeitura de Amambai, acusado de repassar grandes quantias a Valter.
- Joice Mara Estigarribia da Silva: Sócia de empresa envolvida em fraudes licitatórias e assessora parlamentar na Câmara Municipal de Amambai/MS.
- Jucelia Barros Rodrigues: Servidora municipal e ex-gerente de contratos, responsável por fiscalizar contratos e envolvida em fraudes licitatórias.
Os três já haviam sido presos no final de 2023 e foram soltos, sendo presos novamente no início deste mês.
Decisões judiciais
Joice Mara Estigarribia da Silva teve seu pedido de revogação de mandado de prisão indeferido. Sua empresa, J&A Construtora, é apontada pelo Gaeco como uma das usadas por Valter Brito para fraudar licitações. O mandado de prisão contra Joice foi emitido pela juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal.
A juíza Eucélia decidiu não analisar o caso, remetendo-o ao juiz da Comarca Criminal de Amambai. O Gaeco busca a convalidação das medidas cautelares e a renovação dos mandados de prisão dos envolvidos.
Operação Laços Ocultos
As investigações revelam que Valter Brito, ex-vereador e ex-vice-prefeito, liderava um esquema de corrupção que desviou mais de R$ 5 milhões em propina de empresários. O grupo, composto por 17 réus, desviava dinheiro público através de empresas fictícias registradas em nome de familiares e pessoas próximas a Valter. Ao todo, 13 empresas estão relacionadas ao ex-vereador, incluindo a C&C Construtora, de Francisco Maciel da Cruz.
Os promotores Adriano Lobo Viana de Resende e Humberto Lapa Ferri, do Gecoc, ofereceram a denúncia em 1º de dezembro de 2023. A denúncia foi aceita pelo juiz Daniel Raymundo da Matta, da Vara Criminal de Amambai, em 6 de dezembro de 2023.