Ex-secretário é investigado por suspeita de falsificação de 20 atestados médicos
- porRedação
- 05 de Fevereiro / 2024
- Leitura: em 6 segundos

Prefeitura Municipal de Naviraí | Créditos: Reprodução
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar as acusações contra Edvan Thiago Barros Barbosa, fisioterapeuta e ex-secretário de Saúde do município de Naviraí, situado a 359 km da capital.
As suspeitas vieram à tona a partir do Hospital Universitário da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), onde Barbosa era funcionário quando assumiu o cargo na prefeitura em junho de 2017.
O próprio hospital notificou o MPF sobre as possíveis irregularidades, baseando-se em uma manifestação encaminhada à ouvidoria do HU-UFGD. Segundo a denúncia, Edvan Barbosa teria apresentado os atestados médicos durante o período em que estava vinculado ao hospital, sem ter obtido liberação da EBESERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), responsável pela gestão do HU-UFGD.
De acordo com as investigações preliminares, divulgadas no Diário Oficial do MPF nesta segunda-feira (5), e assinadas pelo procurador Luiz Gustavo Mantovani, o fisioterapeuta teria exercido o cargo de secretário municipal sem a devida autorização do Ministro de Estado da Educação, entre junho e novembro de 2017.
O Hospital Universitário alega que foram apresentados "20 atestados médicos para justificar 41 dias de ausência, evidenciando um período de absenteísmo incompatível com o seu histórico funcional".
Segundo as informações, os atestados médicos "referem-se exclusivamente ao período compreendido entre a sua nomeação como Gerente Municipal de Saúde de Naviraí e a autorização de sua cessão pelo Ministro de Estado da Educação".
Além disso, as investigações apontam que todos os atestados apresentados por Edvan no período investigado foram assinados por médicos subordinados à Gerência Municipal de Saúde de Naviraí, cargo ocupado por ele.
O MPF está investigando o caso para permitir a redução da carga horária de trabalho do fisioterapeuta no Hospital Universitário da Fundação Universidade Federal da Grande Dourados, "mas sem prejuízo de seus vencimentos, para o exercício do cargo de Gerente Municipal de Saúde de Naviraí pelo investigado".
As investigações seguem sob sigilo a partir deste momento e foram encaminhadas à 5ª Câmara de Coordenação e Revisão para apurar eventual enriquecimento ilícito do profissional.