O ex-secretário estadual de Saúde, Flávio da Costa Brito Neto, apagou dados do celular e passou a noite em claro à espera da Operação Turn Off, que foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em 29 de novembro do ano passado. Segundo a investigação, Britto tomou conhecimento da operação dois dias antes, em 27 de novembro, e apagou conversas com ex-assessores e com a empresa Comercial Health Brasil, envolvida em um desvio de R$ 46 milhões.

Além de Britto, a Operação Erasure também incluiu o ex-secretário-adjunto da Educação, Édio Antônio Resende de Castro Bloch, a ex-coordenadora de contratos da Secretaria Estadual de Educação, Andréa Cristina Souza Lima, e o ex-assessor Thiago Haruo Mishima. O empresário Sérgio Duarte Coutinho Júnior, que estava preso na mesma data, foi citado, mas não foi alvo da operação.

No dia da operação, Britto, acostumado a dormir entre 22h e 23h, permaneceu acordado desde as 3h45, navegando em sites de notícias locais. Quando os promotores chegaram à sua residência, às 6h, ele estava vestido e sentado na sala, com a cama arrumada, como se aguardasse a chegada dos agentes.