Ex-prefeito de Anastácio é preso com armas em Operação que investiga morte de ex-vereador

| Créditos: Gaeco

O ex-prefeito de Anastácio, Douglas Melo Figueiredo (PSDB), foi preso nesta sexta-feira (17) durante uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), que investiga o assassinato do ex-vereador Wander Alves Meleiro, conhecido como Dinho Vital. O crime ocorreu em 8 de maio. Em uma nota à imprensa, Douglas negou qualquer envolvimento e classificou a operação como "arbitrária".

Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do ex-prefeito, onde a polícia encontrou três armas, resultando na sua prisão em flagrante. Em sua defesa, Douglas argumentou que as armas eram antigas e que ele havia negligenciado o registro, mas garantiu que responderá conforme a lei exige.

"Repudio veementemente a forma arbitrária como a operação foi conduzida. Isso é uma tentativa clara de me desmoralizar e inviabilizar minha candidatura, baseada em uma narrativa fabricada por meus opositores", afirmou Douglas na nota. Ele também destacou que a operação possui motivações políticas, citando sua liderança nas pesquisas eleitorais.

Sobre o assassinato de Dinho Vital, Douglas declarou que não tem qualquer envolvimento e que a fatalidade foi resultado de um "momento de destempero e excessos, gravados em vídeo". Ele reafirmou sua confiança na justiça e na sua inocência.

O caso está ligado a uma disputa política e envolve, além de Douglas, dois policiais militares – Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e Bruno César Malheiros dos Santos. Os dois, que faziam parte da equipe de segurança particular contratada por Douglas, são apontados como os executores do crime.

A briga que culminou na morte de Dinho Vital ocorreu durante uma festa em comemoração ao aniversário de 59 anos de Anastácio, quando o atual prefeito, Nildo Alves (PSDB), anunciou Douglas como pré-candidato pelo partido. Após a discussão, Dinho, aparentemente alcoolizado, saiu do local, retornou armado e foi abordado pelos policiais militares na BR-262, onde, segundo os policiais, houve troca de tiros.

Testemunhas relataram que Dinho Vital foi atingido nas costas e na barriga, levantando dúvidas sobre a versão apresentada pelos militares. A Polícia Militar, em nota, defendeu a ação dos policiais, alegando que Dinho não obedeceu à ordem de largar a arma e avançou contra eles.

O caso continua sob investigação, e Douglas Figueiredo aguarda os próximos passos da justiça enquanto se declara inocente.

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