Quase 40 ex-funcionários da rede de farmácias São Bento aguardam o pagamento de R$ 26 milhões em dívidas trabalhistas reconhecidas pela Justiça. A empresa, que encerrou suas atividades em 2022, recorreu da decisão em todas as instâncias, mas teve seus recursos negados.

Após a São Bento se recusar a quitar a dívida, o advogado dos ex-funcionários, Décio Braga, solicitou a desconsideração da personalidade jurídica da empresa, responsabilizando os sócios pelos débitos. A Justiça acatou o pedido e determinou a penhora de bens dos sócios para o pagamento da dívida.

Os imóveis foram leiloados, mas a situação se complicou com a entrada das esposas dos sócios na disputa, questionando a divisão dos bens e o valor arrecadado.

"A princípio, já existe um valor considerável para pagar ao menos parte significativa das demandas. Estamos buscando acordos judiciais para garantir que os trabalhadores recebam o que lhes é devido", afirmou Braga.

O processo continua em andamento, com audiências para definir a divisão dos valores arrecadados e a quitação das dívidas trabalhistas. Os ex-funcionários aguardam ansiosos pela resolução do caso e o recebimento dos valores devidos.

A trajetória da São Bento:

Fundada em 1948, a rede de farmácias São Bento chegou a ter 80 lojas em 23 cidades de Mato Grosso do Sul. Em 2015, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial, acumulando R$ 73,9 milhões em dívidas. Em 2022, a São Bento fechou as portas, deixando um legado de dívidas trabalhistas e a esperança de ex-funcionários por justiça.

Fonte: Campo Grande News