Ex-diretor do Consórcio Guaicurus chora ao relatar atrasos em contrato e frota vencida na CPI do Transporte

| Créditos: Foto: Reprodução/TV Câmara


Durante a oitiva da CPI do Transporte nesta segunda-feira (16), o ex-diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, admitiu que 97 ônibus da frota atual operam com prazo contratual vencido. Ele atribuiu a falta de renovação à inadimplência da Prefeitura de Campo Grande, que, segundo ele, não cumpre cláusulas do contrato desde 2013.

Rezende alegou que os repasses estão em atraso há anos e que o consórcio não pretende adquirir novos veículos sem que a administração municipal regularize os pagamentos. “Não temos dinheiro para pagar. Temos responsabilidade e não vamos dar um golpe na cidade”, afirmou.

Questionado sobre o valor da dívida, disse que está sendo calculado pela prefeitura. Um laudo do Ibec Brasil, anexado a processo judicial, aponta que os débitos somam cerca de R$ 377 milhões acumulados nos últimos 13 anos.

O ex-presidente também se emocionou ao responder perguntas sobre o diálogo com o Executivo, sendo amparado pelo filho e pelo advogado. A fala foi considerada relevante pelo presidente da CPI, vereador Lívio Leite (União Brasil), que garantiu que a renovação da frota será cobrada, independentemente de quem for responsabilizado.

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