A 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, com o apoio do Gecoc, iniciou as investigações, revelando um esquema de desvio de dinheiro público na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campo Grande. As irregularidades envolvem convênios firmados entre entidades e empresas para atendimento de pacientes ostomizados.

Desde 2021, o ex-coordenador do Centro Especializado em Reabilitação da Apae, Paulo Henrique Muleta, teria direcionado compras da entidade para empresas fictícias, registradas em nome de laranjas, desviando um total de R$ 8.066.745,25, conforme o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). A Apae colaborou com as investigações através de seu setor de Compliance.

Após o afastamento de Muleta na Operação Turn Off, a Apae registrou redução nos custos de compras. O MPMS denunciou Muleta por corrupção passiva, e a Justiça aceitou a denúncia em 28 de junho. A nova operação foi denominada Oscurità, que significa obscuridade em italiano.

Em novembro de 2023, na Operação Turn Off, Paulo Henrique Muleta Andrade e outros alvos foram presos por corrupção e fraudes em licitações, envolvendo compras de materiais hospitalares para a Apae de Campo Grande. Recentemente, Muleta se livrou do uso de tornozeleira eletrônica e se tornou réu no processo da Operação Turn Off.

Muleta é fisioterapeuta com pós-doutorado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), coordenador técnico do Centro Especializado de Reabilitação da Apae, e servidor público federal no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian desde 2014. Possui vínculo celetista com a Apae desde 2014. 2014 e é bolsista da UFMS, além de ter especialização em osteopatia.

A Apae de Campo Grande se manifestou por meio de nota, afirmando seu compromisso com a colaboração nas investigações e a preservação de seus valores e missão, garantindo que seus serviços continuem a ser prestados com integridade e dedicação.