A senadora Soraya Thronicke (Podemos) revelou ter recebido ameaças enquanto elaborava o relatório final da CPI que investigava o setor de apostas no Brasil. Em entrevista ao site Metrópoles, a parlamentar afirmou ter reforçado sua segurança e evitado consumir alimentos e bebidas dentro do Senado por precaução.

"Estou com escolta armada e não bebo nem água do Senado", declarou.

Seu relatório, que pedia o indiciamento de 16 pessoas, foi rejeitado na comissão por quatro votos a três. Mesmo assim, Thronicke afirmou que encaminhará as denúncias ao Ministério Público, ao governo e à Polícia Federal. A senadora também fez um alerta: "Se algo acontecer comigo, minha família ou minha equipe, sei de quem é a responsabilidade".

Sem citar nomes, ela sugeriu que os envolvidos podem ser identificados ao analisar quem apoiou ou boicotou a CPI. Durante o processo, Thronicke entrou em conflito com o presidente do PP, Ciro Nogueira, após pedir sua exclusão da comissão. O senador, que viajou a Mônaco em um jato de um empresário do setor de apostas, foi citado indiretamente pela parlamentar em suas críticas.