A Força Aérea dos Estados Unidos contribuiu com ataques aéreos utilizando bombardeiros furtivos B-2 contra alvos específicos do grupo rebelde Houthis no Iêmen. Os ataques, que ocorreram na quarta-feira, tiveram como alvo depósitos de armas usadas em ações contra embarques no Mar Vermelho, uma das principais operações do grupo desde o início da atual escalada de conflitos no Oriente Médio.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou que os ataques visavam instalações que abrigassem armamentos destinados a atacar embarcações civis e militares. Ele ressaltou que a utilização do B-2 buscava enviar uma mensagem ao Irã, que, segundo analistas, transferiu parte de seu programa nuclear para locais específicos.

Os bombardeiros partiram da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, marcando a primeira missão de combate para esses aviões desde 2017. A rede de TV al-Masirah, vinculada aos Houthis, noticiou ataques em várias áreas na capital Sanaa e em Saada, embora não tenha divulgado informações sobre vítimas.

Em resposta, os Houthis prometeram retaliação, caracterizando os ataques americanos como agressões inaceitáveis. O grupo, parte do “Eixo da Resistência” que se opõe a Israel e à influência ocidental na região, intensificou suas ações após o ataque do Hamas contra Israel em outubro de 2023.

As hostilidades no Mar Vermelho resultaram em uma forte resposta internacional e na formação de uma força multinacional liderada pelos EUA para conter as operações houthis. Recentemente, os Houthis também atacaram navios militares dos EUA e cidades israelenses, ameaçando novas ações em apoio à Palestina e ao Líbano. A situação no Iêmen é uma das várias frentes de conflito mencionadas pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em seu discurso na ONU, que inclui também Gaza, Cisjordânia e Líbano.

Fonte: O GLOBO