Escrivão da Polícia Civil é peça-chave em esquema de tráfico de drogas, aponta Gaeco

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a segunda fase da Operação Snow, cumprindo 21 mandados de prisão preventiva e 32 mandados de busca e apreensão. A investigação aponta que o escrivão da Polícia Civil, Gustavo Cristaldo de Arantes, era peça-chave no esquema de tráfico de drogas que escoava entorpecentes da fronteira com o Paraguai até São Paulo.

Arantes utilizava o sistema da polícia para consultar informações sigilosas e repassá-las aos criminosos mediante propina. O escrivão também é investigado por ligação com um grupo de extermínio.

Além de Arantes, outros policiais civis, como Anderson César dos Santos Gomes, Hugo Cesar Benites e Alexandre Novaes Medeiros, também foram presos por envolvimento no esquema. Eles atuavam como "batedores" e transportavam drogas em viaturas oficiais.

A investigação do Gaeco aponta ainda para o possível envolvimento de policiais da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), que teriam facilitado a recuperação de caminhões utilizados no transporte da droga.

O MPMS solicitou a condenação do escrivão a pelo menos quatro anos de prisão e seu afastamento da Polícia Civil. A reportagem entrou em contato com a Corregedoria da Polícia Civil para obter mais informações, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

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