Escândalo na FFMS: R$ 8,3 Milhões foram desviados da Fundesporte

| Créditos: Henrique Kawaminami/Campo Grande News

Uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) revelou um esquema de desvio de verbas envolvendo o presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário. Desde 2018, foram desviados mais de R$ 6 milhões de repasses do Governo do Estado e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

De acordo com um levantamento exclusivo obtido pelo Jornal Midiamax, a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de MS) repassou R$ 8.327.803,20 à FFMS desde 2015, destinados aos campeonatos estaduais. Nos últimos três anos, os recursos do FIE (Fundo de Investimentos Esportivos) ultrapassaram R$ 1 milhão.

A FFMS recebeu milhões da Fundesporte, além dos repasses da CBF, para financiar os campeonatos estaduais da Série A e o futebol feminino. No entanto, a federação declarou um déficit de quase R$ 1 milhão em 2023. Esse valor está muito aquém do montante desviado, que, segundo o Gaeco, ocorreu de 2018 até fevereiro de 2023. Com o dinheiro desviado, a FFMS poderia cobrir o déficit seis vezes.

Francisco Cezário, que está no comando da FFMS desde 1998, é o principal alvo das investigações. Em comunicado, a Fundesporte afirmou que não é alvo da operação e que acompanha as investigações, esperando que “as denúncias sejam apuradas no rigor da lei”. A Operação Cartão Vermelho investiga crimes de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a federação e o grupo liderado por Cezário.

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