Equipe de Claudinho Serra é exonerada da Câmara de Campo Grande em meio a incertezas sobre sua vaga

| Créditos: Izaias Medeiros

Na esteira do impasse quanto à substituição do vereador Claudinho Serra, do PSDB, que solicitou afastamento de 120 dias das atividades legislativas, a Câmara Municipal de Campo Grande decidiu exonerar todos os funcionários comissionados vinculados ao gabinete de Serra.

Apesar da suspensão da posse de Lívio por decisão da Justiça Eleitoral, os colaboradores comissionados ligados ao mandato de Claudinho foram destituídos de seus cargos.

A lista das demissões será oficializada no diário oficial do Legislativo nesta sexta-feira (17). "Não é viável manter os funcionários, pois o novo vereador que assumir precisará formar sua própria equipe. Posteriormente, se Claudinho retornar, ele poderá nomeá-los novamente", explicou Carlão, presidente da Câmara.

Claudinho Serra deve permanecer afastado da Câmara até setembro

Na última terça-feira (14), Claudinho Serra solicitou um afastamento de 120 dias para tratamento de saúde. Entretanto, em abril, ele já havia apresentado um atestado médico de um mês após passar 23 dias detido. Setembro, um mês antes das eleições de 2024, que estão marcadas para outubro, é o prazo limite para o retorno do vereador Claudinho Serra (PSDB) às sessões ordinárias da Câmara de Campo Grande.

Claudinho foi detido em 3 de abril, durante a operação Tromper, sob suspeita de envolvimento em fraudes de licitações quando ocupava o cargo de secretário de fazenda na prefeitura de Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande. No dia 26 do mesmo mês, ele foi libertado mediante uso de tornozeleira eletrônica.

Em 30 de abril, Claudinho apresentou um atestado de um mês, alegando estar 'abalado psicologicamente', e nesta terça-feira, solicitou um afastamento adicional de 120 dias para tratar de 'interesse particular'.

Segundo o presidente da Câmara de Campo Grande, o prazo de afastamento começa a ser contado a partir de 30 de maio, data em que o parlamentar entregou o atestado na Casa. Portanto, o vereador do PSDB só deve retornar às sessões em setembro.

Além disso, conforme o presidente da Câmara, durante todo o período de prisão, atestado e afastamento, Claudinho não receberá remuneração da Casa de Leis. Da mesma forma, não poderá solicitar outro afastamento, visto que o limite estabelecido pelo regimento interno é de 150 dias.

"O limite para faltas é de 150 dias. Com 120 dias de afastamento e mais 30 de atestado, ele não pode prorrogar o prazo", afirmou o presidente da Câmara.

Compartilhe: