Empresário será julgado pela emissão de duplicatas falsas de R$ 490 mil em Campo Grande

| Créditos: Reprodução/Fantástico/Globo

O empresário José Alberto Miri Berger será julgado em 30 de janeiro de 2025 pela emissão de quatro duplicatas falsas, no valor de R$ 490 mil, que teriam sido usadas para dar um calote no frigorífico Frigo-Brás Frigoríficos LTDA. A denúncia é do Ministério Público Estadual (MPE) e o caso tramita na 4ª Vara Criminal de Campo Grande.

Segundo o MPE, as duplicatas foram emitidas entre abril e maio de 2018 e não correspondiam a nenhuma mercadoria vendida ou serviço prestado. Os títulos foram considerados "inexigíveis" por não possuírem lastro, ou seja, não havia comprovação da existência de negócio jurídico que justificasse a emissão dos documentos.

A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna negou o pedido da defesa para instauração de procedimento que analisasse a inimputabilidade do réu e também indeferiu, por ora, o requerimento de perícia fiscal e contábil. A magistrada considerou o pedido genérico e ponderou que a eventual alegação de inimputabilidade deve ser formulada nos moldes da legislação.

Berger ficou conhecido em 2017 após denunciar suposto esquema de pagamento de propina em troca de incentivos fiscais no governo de Reinaldo Azambuja (PSDB). O caso ganhou repercussão nacional, mas o tucano foi absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça. Após a denúncia, Berger passou a ser alvo de acusações de sonegação fiscal e sua empresa enfrentou dificuldades financeiras.

Compartilhe: