Empresa responsável no sistema SIGO, volta a falhar resultando no fechamento em delegacias

Nova Depac Centro | Créditos: Divulgação/Agesul

Após enfrentar problemas técnicos significativos no Sistema Integrado de Gestão Operacional (SIGO), a Compenet Tecnologia, ré em processo por desvio de R$ 45 milhões, superfaturamento e fraude, tem sido associada ao fechamento de delegacias da Polícia Civil em Mato Grosso do Sul. A situação tem gerado dificuldades para a população, que enfrenta obstáculos ao tentar registrar ocorrências policiais, causando agravamento de situações já delicadas.

Nos últimos meses, as falhas recorrentes no sistema têm prejudicado o atendimento às vítimas de violência, como evidenciado pelo caso de uma mulher de 35 anos que não conseguiu registrar um Boletim de Ocorrência de quebra de medida protetiva devido à falha no SIGO na Casa da Mulher Brasileira. Moradora de um dos bairros mais carentes da Capital, a vítima enfrentou uma viagem de quilômetros apenas para se deparar com a impossibilidade de realizar o registro, pela segunda vez.

Relatos indicam que a situação se agrava a ponto de algumas delegacias, como a DEPAC, não estarem funcionando. Recentemente, o fechamento da unidade foi registrado devido à inoperância do SIGO, um sistema de alto custo para os cofres públicos.

Diversas vítimas compartilharam suas experiências, descrevendo longos períodos de espera e frustrações ao tentar realizar um Boletim de Ocorrência. Marcos Caldeira, músico de 29 anos, relatou sua espera por horas e a falta de consideração por parte dos policiais. Outra vítima, a enfermeira aposentada Sonia Correa dos Santos, 62, lamentou a impossibilidade de registrar sua ocorrência e expressou sua frustração diante da situação.

A Compenet Tecnologia, responsável pelo SIGO, está envolvida em processos judiciais, incluindo ações que buscam anular o contrato e transferir a tecnologia para o Governo estadual, além de uma ação por improbidade administrativa. Recentemente, o vice-presidente do TJMS, desembargador Dorival Renato Pavan, manteve o bloqueio de R$ 45,180 milhões da empresa, relacionados a suposto superfaturamento, fraude na licitação e pagamentos indevidos no SIGO.

Com informações do Midiamax

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