Em um cenário de descrédito institucional e sob investigação por fraude em diárias, a eleição para a presidência da União de Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul (UCVMS), marcada para 2 de abril, ganha contornos de batalha política.

A disputa, que opõe o atual presidente Jeovani Vieira (PSDB) ao vereador Daniel Júnior (PP), é marcada por denúncias de irregularidades na gestão da entidade e um forte apoio político à candidatura de Júnior.

Recentemente, a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos aceitou denúncia contra Jeovani Vieira por supostas irregularidades na prestação de contas de 2021, apontando falhas de R$ 164,1 mil em pagamentos. Jeovani nega as acusações, atribuindo o problema a práticas antigas.

A eleição, que representa um plebiscito sobre a gestão da UCVMS, ocorre em um momento crítico para a entidade, que viu o número de câmaras municipais filiadas cair de mais de 60 para apenas 29. Júnior critica a gestão atual, acusando-a de opacidade e ineficiência.

A disputa é vista como um teste para o PP e o PSDB, que buscam alinhar os vereadores, considerados importantes cabos eleitorais, visando as próximas eleições estaduais.