Dos 37 indiciados pela PF por tentativa de golpe, um general e um coronel de são MS
- porRedação
- 22 de Novembro / 2024
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À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black Kids | Créditos: Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Federal (PF) indiciou 37 pessoas por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Entre os indiciados estão o general da reserva Laércio Virgílio, de Mato Grosso do Sul, e o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado em Bela Vista (MS).
Os crimes imputados aos indiciados incluem ebulição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
General incentivava "ação"
De acordo com a PF, Virgílio mantinha contato com um grupo de militares de "alta patente" e incentivava a tomada de ações para impedir a posse de Lula. Em mensagens interceptadas, ele afirmava que era "momento de ação" e que "já estamos em guerra". O general se referia ao ex-presidente Jair Bolsonaro como "Zero Uno".
Virgílio também mantinha contato com Ailton Gonçalves Moraes Barros, militar reformado e ex-suplente de deputado estadual pelo PL do Rio de Janeiro. Barros foi preso pela PF por inserir dados falsos no cartão de vacina de Bolsonaro e também está entre os indiciados.
Coronel ligado aos "Black Kids"
O coronel Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista até 2022, teria atuado na preparação e seleção de militares das Forças Especiais ("Black Kids") para a tentativa de golpe. A PF aponta Corrêa Neto como homem de confiança do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Papéis distintos na trama
Enquanto Virgílio integrava o núcleo de "inteligência" que articulava o golpe com militares de alta patente, Corrêa Neto seria responsável por liderar a tropa dos "Black Kids" na execução do plano.
A investigação da PF revelou a complexidade da trama golpista, que envolvia militares de diferentes patentes e funções.
Com informações do Correio do Estado