Dólar comercial termina dia com forte alta de 1,31% e Ibovespa encerra sessão em baixa

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O Ibovespa devolveu o ganho curto de ontem e caiu hoje 0,31%, aos 134.319,58 pontos, uma baixa de 417,63 pontos. O dólar comercial, por sua vez, acelerou 1,31%, a R$ 5,65. E os juros futuros terminaram a sessão com altas predominando a curva. O resumo do fechamento expõe um dia um tanto atribulado e com informações desequilibradas para os investidores lidarem.

Wall Street fecha sem direção
Nos EUA, mais dúvidas. O dia começou tenso para os grandes bancos locais, que caíram forte. Mas os reguladores dos EUA acenaram com mudanças extensas em sua proposta de regras de requisito de capital bancário, cortando o impacto esperado para os maiores bancos pela metade, além de isentar credores menores de grandes porções da medida.

Os índices em Wall Street oscilaram bastante, ainda mais em dia do primeiro debate entre os presidenciáveis Donald Trump e Kamala Harris, e na véspera da divulgação da inflação ao consumidor (CPI) nos EUA.

Destaque da sessão foi a subida de mais de 11% da Oracle (ORCL34), em meio ao esforço da companhia para incorporar inteligência artificial aos seus serviços em nuvem, o que impulsionou os resultados do primeiro trimestre e ajudou a diminuir a diferença em relação aos líderes de mercado.

Minério e petróleo derrubam Vale e Petrobras
De volta ao Brasil, as commodities mais uma vez complicaram o jogo. A Vale (VALE3) perdeu 1,20%, com minério de ferro caindo na China, diante da perspectiva de demanda fraca. A Petrobras (PETR4) caiu 1,66%, com o petróleo internacional indo ao menor valor desde dezembro de 2021, após Opep cortar mais uma vez as projeções de crescimento da demanda. As quedas dos dois nomes mais fortes do IBOV impediram que o índice terminasse positivo.

Isso porque alguns setores conseguiram evoluir. Os bancos operaram na maior parte da sessão no negativo, mas conseguiram gás, embora não com força suficiente para salvar o Ibovespa. BB (BBAS3) terminou com baixa ampla de 1,48%, mas o Bradesco (BBDC4) ganhou 0,32%, o Itaú Unibanco (ITUB4) ficou estável e o Santander (SANB11) desceu curtos 0,19%. B3 (B3SA3) ganhou 1,14%.

Os frigoríficos cresceram, com destaque para JBS (JBSS3), com mais 0,71%, e Marfrig (MRFG3), com mais 0,77%. PRIO (PRIO3) fechou com mais 0,57%, apesar da baixa forte do petróleo. Klabin (KLBN11) ganhou 1,66% e Suzano (SUZB3) valorizou 2,00%, com banco sendo positivo para as ações. Localiza (RENT3) ficou com mais 1,08%, com Conselho autorizando empréstimo.

Até a Azul (AZUL4), que vem nas últimas semanas com turbulências, conseguiu uma alta confortável de 3,69%, com projeção de aumento da receita líquida este ano, mesmo com grande banco cortando preço-alvo.

Agora, o foco agora passa a ser os dados de inflação nos EUA. Amanhã, preços ao consumidor (CPI); e quinta, preços ao produtor (PPI). Vale salientar ainda que quinta-feira (12), tem decisão de taxa de juros pelo Banco Central Europeu. As dúvidas vão aumentar ou diminuir?  (Fernando Augusto Lopes)

Confira as últimas dos mercados
Ibovespa fecha com queda de 0,31%, aos 134.319,58 pontos
Máxima: 134.737,68
Mínima: 133.754,18
Diferença para a abertura: -417,63 pontos
Volume: R$ 19,20 bilhões


Dólar comercial termina dia com forte alta de 1,31%
O dólar retoma a tração para cima, após cair ontem diante do real. O movimento é semelhante ao da divisa norte-americana, que na comparação com as principais moedas do mundo ficou com o DXY em leve alta de 0,06%, aos 101,62 pontos.

Venda: R$ 5,655
Compra: R$ 5,655
Mínima: R$ 5,570
Máxima: R$ 5,671

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