David Cloky Hoffamam Chita, despachante foragido e acusado de liderar um esquema de fraudes no sistema do Detran-MS, tornou-se réu por inserção de dados falsos. A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) foi aceita pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande em 6 de junho.

Além de Chita, três servidores públicos do Detran-MS também foram denunciados. A investigação teve início após a tentativa de regularização de um caminhão, na qual foram inseridas alterações ilegais no sistema, modificando dados sobre carroceria, eixo e peso do veículo, sem o devido processo.

As fraudes ocorreram nas agências do Detran em Miranda e Campo Grande entre julho de 2019 e setembro de 2020, com um pagamento de R$ 1 mil. Os quatro envolvidos também respondem por integrar associação criminosa para inserção de dados falsos em sistema de informações do Detran-MS entre 2021 e 2023, em ação que tramita em sigilo.

Chita já era alvo de mandado de prisão desde 28 de maio, em outra investigação sobre irregularidades no Detran. Ele é apontado como líder de uma organização criminosa que teria liberado a documentação de pelo menos 29 veículos com restrições, lucrando cerca de R$ 290 mil. No entanto, a polícia estima que a fraude envolveu mais de 200 veículos.

O Detran-MS afirmou que não compactua com irregularidades e que os envolvidos devem ser punidos. As investigações sobre o esquema criminoso continuam em andamento.