Desmantelada rede criminosa que lucrou com a pandemia
- porRedação
- 20 de Março / 2024
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| Créditos: DIVULGAÇÃO/PF
Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação no estado do Rio de Janeiro visando desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes em licitações e superfaturamento de compras emergenciais de equipamentos para combate à covid-19. Estima-se que os cofres públicos tenham sofrido um prejuízo superior a R$ 5 milhões em decorrência das atividades ilícitas.
A ação denominada Operação Janus mobilizou cerca de 50 agentes da PF, os quais executaram 10 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Bom Jardim. Em colaboração, 12 auditores da Controladoria Geral da União (CGU) também participaram da investida.
Os alvos da operação foram residências, empresas e escritórios ligados à quadrilha, cujos mandados foram emitidos pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti/RJ. Além das buscas, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores que ultrapassam os R$ 5 milhões.
Um dos endereços vasculhados foi uma mansão localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Durante as diligências, foram apreendidos diversos bens de alto valor, incluindo carros de luxo, relógios e uma quantia equivalente a US$ 6 mil em espécie, cerca de R$ 30 mil.
Curiosamente, entre os itens confiscados, destacou-se um lagarto australiano. A filha de um dos principais alvos da operação foi detida em flagrante e encaminhada à superintendência da PF.
Em Bom Jardim, a busca ocorreu na sede de uma das empresas envolvidas no esquema criminoso.
A investigação, iniciada em 2020, revelou irregularidades nos processos de dispensa de licitações para aquisição emergencial de equipamentos contra a covid-19. Dentre as fraudes identificadas, destacou-se o sobrepreço em contratações junto à prefeitura de Duque de Caxias, por intermédio de empresas de fachada.
Segundo a Polícia Federal, a operação de hoje visa obter novas provas, cumprir as ordens judiciais e desmantelar financeiramente a organização criminosa, confiscando bens e valores obtidos ilicitamente e impedindo sua reestruturação.
Além dos delitos relacionados a licitações, os envolvidos responderão por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. O nome da operação, Janus, faz alusão à figura da mitologia romana, conhecida como o deus dos começos, escolhas, passagens e transições, frequentemente representado com duas faces.
Com informações da Agência Brasil