Desembargadores investigados por corrupção em MS recebiam “supersalários” de até R$ 200 mil
- porRedação
- 25 de Outubro / 2024
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| Créditos: Reprodução/Metrópoles
Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), investigados por suspeita de participação em esquema de corrupção e venda de sentenças, recebiam salários líquidos que chegavam a R$ 200 mil, segundo dados do Portal da Transparência do TJMS.
Os desembargadores Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marcos José de Brito Rodrigues foram alvos da operação "Ultima Ratio", deflagrada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com a Receita Federal na última quinta-feira (24). A operação é resultado de três anos de investigações sobre crimes como corrupção e venda de sentenças.
Embora o salário-base para o cargo de desembargador em Mato Grosso do Sul seja de R$ 39.717,69, os valores líquidos recebidos pelos magistrados chegavam a ser cinco vezes maiores, devido a uma série de vantagens não especificadas pelo TJMS.
O desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, por exemplo, recebeu R$ 209.198,42 em fevereiro de 2024. Em outros meses, os salários de Alexandre Aguiar Bastos e Sideni Soncini Pimentel também ultrapassaram R$ 150 mil.
O Portal da Transparência do TJMS detalha os pagamentos, incluindo valores referentes a "vantagens pessoais", "indenizações" e "vantagens eventuais", sem especificar a natureza desses acréscimos. O g1 entrou em contato com o TJMS para obter esclarecimentos sobre a composição dos salários, mas não obteve resposta até o momento.
Salários líquidos dos desembargadores investigados em setembro de 2024:
Alexandre Aguiar Bastos: R$ 67.603,77
Marcos José de Brito Rodrigues: R$ 100.556,86
Sérgio Fernandes Martins: R$ 90.048,68
Sideni Soncini Pimentel: R$ 61.927,16
Vladimir Abreu da Silva: R$ 51.997,74