Desembargador é suspeito de lavagem de dinheiro através de venda de sentença com de “Boi de Papel”, suspeita PF

Desembargador afastado do TJ/MS, Divoncir Schreiner Maran | Créditos: Arquivo TJ/MS

Uma investigação conduzida pela Polícia Federal aponta para a suposta lavagem de dinheiro pelo desembargador Divoncir Schreiner Maran, mediante a venda de sentenças, por meio de simulações de compra e venda de gado, técnica conhecida como "boi de papel". A descoberta consta na decisão da ministra Maria Isabel Gallotti, relatora do inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra Maran. Com a recente aposentadoria do magistrado, os autos foram encaminhados para a Justiça comum para prosseguimento das investigações.

Segundo os relatórios da Polícia Federal mencionados pela ministra, o filho mais velho de Maran, Vanio Maran, foi apontado como um dos operadores das estratégias de lavagem de dinheiro utilizadas pelo pai. Os documentos destacam que os indícios de lavagem de capitais foram identificados a partir de movimentações financeiras suspeitas, incluindo a quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos.

A investigação teve início devido à decisão que concedeu prisão domiciliar ao narcotraficante Gerson Palermo, cuja legalidade é questionada. Palermo, que tem uma extensa ficha criminal, fugiu após ser beneficiado pela decisão do desembargador.

A defesa de Maran considera correta a decisão de enviar o caso para o foro estadual e expressa confiança na inocência do cliente, afirmando que ele está disposto a esclarecer os fatos. Por outro lado, o advogado de Vanio Maran rejeita as acusações de lavagem de dinheiro e ressalta que seu cliente atua também no ramo agropecuário, negando qualquer envolvimento ilícito.

Agora, a investigação sobre o caso continua na esfera da Justiça comum, onde será determinado se haverá continuidade nas apurações sobre as atividades suspeitas envolvendo o desembargador e seus familiares.

Com informações do Campo Grande News

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