Durante sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), o deputado Pedro Kemp (PT) questionou o governo estadual sobre uma viagem de três servidores a Israel, realizada em meio ao agravamento da guerra no Oriente Médio. Os servidores ficaram retidos no país por seis dias devido aos conflitos, gerando repercussão no estado.

A comitiva era formada pelo secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Sena; pela secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone; e pelo coordenador de Tecnologia da Informação da Saúde, Marcos Espíndola. Kemp exigiu esclarecimentos sobre os objetivos da viagem, os custos envolvidos e os resultados obtidos.

Custos e justificativas em debate

O parlamentar questionou se a viagem foi uma representação oficial do estado e cobrou a divulgação dos gastos com recursos públicos. Ele também destacou que, desde outubro de 2023, o Ministério das Relações Exteriores desaconselha viagens não essenciais a Israel devido ao conflito.

Além disso, Kemp levantou dúvidas sobre a ligação da missão com possíveis processos de terceirização na saúde pública. “O estado está caminhando para a privatização dos hospitais, e esses servidores foram fazer o quê?”, questionou.

Críticas à escolha do destino

O deputado criticou a decisão de enviar uma comitiva a Israel em um momento de guerra, citando a posição do presidente Lula, que classificou a situação em Gaza como “genocídio”. Kemp afirmou que a Alems tem o dever de fiscalizar os reais motivos da viagem e seus benefícios para o estado.

O governo de Mato Grosso do Sul ainda não se pronunciou oficialmente sobre as cobranças.