Democracias pelo mundo em declínio, aponta pesquisa da “The Economist”; Brasil e EUA classificados como “Capenga”

| Créditos: Reprodução/Freepik

Na última quinta-feira (25), o departamento de inteligência da renomada publicação britânica "The Economist" divulgou seu índice de democracia e conflitos, revelando um cenário preocupante para os regimes democráticos em escala global.

Em um contexto marcado por conflitos crescentes, as democracias ao redor do mundo registram retrocessos, com exceção notável da Europa. Os Estados Unidos, por exemplo, foram categorizados como democracias capengas devido a preocupações com o processo eleitoral, levantando questões atuais sobre a estabilidade das instituições democráticas no país.

Na América, apenas três nações são estabelecidas como democracias plenas pela publicação: Canadá, Costa Rica e Uruguai. Enquanto isso, o Brasil é identificado como uma democracia capenga, destacando-se pelos desafios de governança e pela fuga cultural política, embora apresente desempenho razoável em termos de processo eleitoral e liberdades civis.

Além disso, no que diz respeito ao mapa global de conflitos e criminalidade, três países latino-americanos figuram entre os dez mais perigosos do mundo, com México em terceiro, Brasil em sexto e Colômbia em décimo lugar.

A unidade de inteligência do "The Economist" expressa grande preocupação com a possibilidade de uma escalada em um conflito mundial iminente, as intenções já se fazem presentes, especialmente com a China capitalizando a pressão entre países emergentes para fortalecer sua posição na rivalidade com os EUA, em meio a uma guerra econômica já acirrada.

Dessa forma, aproximadamente dois terços da população global reside atualmente em países que mantêm uma posição neutra ou simpatizante em relação à Rússia no contexto da guerra na Ucrânia.

Apesar da crença de que as democracias tendem a evitar conflitos entre si, observa-se uma regressão nesse cenário, evidenciando a possibilidade de um debate global entre democracias e regimes autoritários, conforme alerta o "The Economist".

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