Tiago Basso da Silva, ex-servidor da prefeitura de Sidrolândia e delator na Operação Tromper, tem até o final deste mês para efetuar o pagamento de R$ 80 mil aos cofres públicos. O valor corresponde à propina recebida por Basso enquanto participava do esquema de corrupção investigado na operação.

A restituição do dinheiro é uma das cláusulas do acordo de delação premiada firmado entre Basso e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). A colaboração de Basso foi fundamental para a investigação,  fornecendo provas que levaram à denúncia do vereador Claudinho Serra (PSDB) e outras 21 pessoas por envolvimento em fraudes em licitações.

Preso na segunda fase da Operação Tromper, Basso fechou acordo com o MPMS em 2023. Ele confessou participação em organização criminosa e corrupção passiva, sendo liberado da prisão em 31 de outubro do mesmo ano. Em troca da delação, Basso foi poupado da denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os demais envolvidos no esquema.

A Operação Tromper, deflagrada em 2023, teve três fases e resultou na prisão de Claudinho Serra, acusado de liderar o esquema de corrupção. O vereador foi preso em abril e liberado sob supervisão no mesmo mês. O MPMS afirma que a organização criminosa agia com "atuação predatória e ilegal", buscando obter vantagens indevidas em contratos com a prefeitura de Sidrolândia.