Delação de despachante aponta Beto Pereira como líder de esquema de corrupção no Detran-MS
- porRedação
- 26 de Setembro / 2024
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despachante David Clocky Hoffaman Chita | Créditos: Reprodução/Midiamax
O despachante David Cloky Hoffaman Chita, acusado de operar um esquema de corrupção no Detran-MS, formalizou um pedido de delação premiada ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). Em sua delação, ele aponta o deputado federal e candidato a prefeito de Campo Grande, Beto Pereira (PSDB), como chefe da organização que, segundo Chita, utilizou dinheiro desviado para financiar sua campanha eleitoral.
Chita, que está foragido e possui mandado de prisão decretado, alega que tem recebido ameaças de morte e que constituiu um advogado de fora do estado para negociar sua colaboração com o MPMS. Ele afirma estar preparado para apresentar provas substanciais contra uma suposta quadrilha composta por servidores do Detran, empresários e políticos.
O caso está sob análise do Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, mas fontes do MPMS indicam que a situação está sendo tratada com cautela devido à influência dos políticos mencionados. Chita já teve envolvimento com figuras proeminentes da política sul-mato-grossense e alega que informações sobre o processo foram vazadas para a organização criminosa.
Em declarações, Chita destacou que não quer ser o único responsabilizado, alegando que outros, como Thiago Gonçalves e Neto, também estariam envolvidos no esquema. Ele afirma que o grupo cobrava propina para facilitar irregularidades no Detran-MS e que parte dos recursos foi direcionada para a campanha de Beto Pereira.
Prints mostram assessor chamando Beto de ‘chefe’ e cobrando a parte dele no esquema em PIX | Créditos: Reprodução/Midiamax
Braço direito de Beto Pereira, Thiago intermediava fraudes no sistema do Detran para formar caixa 2 para a campanha do ‘chefe’ | Créditos: Reprodução/Midiamax
Thiago faz a ‘ponte’ entre Yasmin e David para ela agir em favor do grupo na corregedoria do Detran-MS | Créditos: Reprodução/Midiamax
O despachante relata que Beto Pereira recebia repasses mensais e que o esquema de corrupção, que já era alvo de investigações anteriores, envolvia práticas ilícitas para “esquentar” documentos de veículos. Além disso, Chita menciona que, conforme a campanha eleitoral se intensificava, os valores envolvidos aumentariam significativamente.
Com o atual foco das investigações, a denúncia de assédio contra um delegado também gerou tensão dentro do grupo, complicando ainda mais a situação da organização criminosa. A investigação permanece em andamento, com novas revelações podendo surgir à medida que mais detalhes forem explorados.
Fonte Midiamax