Mato Grosso do Sul fechou o primeiro bimestre de 2025 com déficit de R$ 221,9 milhões no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), equivalente a 6% da Receita Corrente Líquida (RCL), segundo a Secretaria do Tesouro Nacional.

Apesar da queda em relação ao mesmo período de 2024, quando o rombo foi de R$ 277,2 milhões, o problema continua a impactar o orçamento estadual. O modelo de repartição simples, adotado pelo Estado, tem se mostrado insustentável diante do crescimento de aposentadorias e da ausência de aportes no fundo de capitalização.

No bimestre, os gastos com pessoal alcançaram 60% da receita total — o maior percentual do país — e a previdência consumiu 21%, superando áreas como saúde (6%) e se aproximando da educação (17%).

As despesas do Estado cresceram 25%, contra aumento de 8% na arrecadação, o que resultou em déficit primário de R$ 280 milhões. A situação é agravada pela dependência de repasses federais, que representam 41% da receita.

Mesmo com estabilidade na dívida consolidada e alta taxa de pagamento das despesas liquidadas, o rombo previdenciário segue como risco fiscal. Em 2024, o déficit no RPPS foi de R$ 1,848 bilhão. O governo estuda medidas como aumento da alíquota, elevação da idade mínima e reestruturação do regime.

Fonte: Correio do Estado