O advogado Gustavo Pellicioni, encarregado da defesa do pré-candidato do PSDB, Douglas Melo Figueiredo, implicado na morte do ex-vereador Dinho Vital em Anastácio, a 135 quilômetros de Campo Grande, apresentou um pedido de habeas corpus para assegurar a liberdade provisória de seu cliente, detido durante uma operação nesta sexta-feira (17).

Douglas foi detido pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) após a descoberta de uma pistola e duas carabinas escondidas nos móveis de sua residência durante a operação, que investiga o falecimento do ex-vereador ocorrido no último dia 8 deste mês.

No interrogatório na DP (Delegacia de Polícia Civil) de Anastácio, o político afirmou que as armas apreendidas pertenciam a seu pai, falecido no ano anterior, que residia com a esposa em uma chácara e possuía o armamento há muitos anos.

Douglas está detido sob acusações de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

"A prisão por conveniência da instrução criminal não possui fundamento, uma vez que as testemunhas do caso são todos policiais do GAECO, não havendo razão para temer interferência por parte do requerente. Além disso, o requerente possui residência fixa no local do incidente (comprovado por conta de água em anexo), é advogado autônomo, tem emprego lícito e não possui antecedentes criminais, sendo, portanto, réu primário e de bom caráter, conforme documentos anexados", argumenta a defesa.

O pedido de habeas corpus também solicita ao Poder Judiciário a liberdade provisória do pré-candidato do PSDB sem a imposição de fiança e a emissão do alvará de soltura.

Além de Douglas, o sargento Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e o cabo Bruno Cesar Malheiros dos Santos, ambos da PM (Polícia Militar), também relacionados à morte do ex-vereador Dinho Vital, foram detidos temporariamente nesta sexta-feira (17).

Ambos se apresentaram voluntariamente na delegacia da cidade, conforme informado pelo advogado de defesa da dupla, Lucas Rocha.