Defesa de acusado de desvio na FFMS pede monitoramento eletrônico em vez de prisão

| Créditos: Reprodução Facebook e Gaeco

A defesa de Rudson Bogarim Barbosa anunciou, nesta sexta-feira (24), a intenção de recorrer para libertar o cliente, detido durante a Operação Cartão Vermelho, realizada pelo Gaeco, na terça-feira (21), em Campo Grande.

Em comunicado emitido pelo escritório Buarque Gusmão, os advogados afirmaram que é injusto manter o cliente na prisão e sugeriram o monitoramento por tornozeleira eletrônica ou outra medida cautelar, "para alguém que nunca esteve em estabelecimento prisional".

"Ele possui condições favoráveis para responder ao processo em liberdade, conforme determina o ordenamento jurídico", declararam os advogados Pablo Arthur Buarque Gusmão e Renato Cavalcante Franco.

A defesa também enfatizou o princípio da presunção de inocência, ressaltando que cabe ao Estado o ônus da prova. Rudson, conforme informações da FFMS, ocupava o cargo de gerente de Tecnologia na federação.

Operação Cartão Vermelho

Na terça-feira (21), durante a Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Gaeco em Campo Grande, Francisco Cezário, presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, foi preso, juntamente com outros seis suspeitos, incluindo Rudson Bogarim. Eles são investigados pelo desvio de cerca de R$ 6 milhões dos governos estadual e federal.

De acordo com o Ministério Público, os membros da quadrilha realizavam saques frequentes em contas da Federação, em valores inferiores a R$ 5 mil, para evitar chamar a atenção dos órgãos de controle. O montante desviado era dividido entre os envolvidos.

Além disso, a investigação revelou um esquema de desvio de diárias de hotéis pagas pelo governo estadual em jogos do Campeonato Estadual de Futebol. Segundo o Gaeco, os membros da quadrilha também recebiam de volta parte do dinheiro de serviços e produtos contratados pela FFMS.

Até o momento, mais de 800 mil reais foram apreendidos. Os advogados de Cezário afirmaram que "nessa fase, qualquer investigação é sempre unilateral; logo, ela será submetida ao necessário contraditório; devemos aguardar os esclarecimentos, que serão prestados oportunamente".

A operação contou com o apoio operacional da Polícia Militar e representantes da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados da Ordem dos Advogados do Brasil estiveram presentes. O espaço está aberto para os demais citados se pronunciarem.

Compartilhe: