Coronel David questiona imparcialidade do STF em julgamento de Bolsonaro

| Créditos: Arquivo pessoal

Deputado estadual do PL expressa preocupação com possível viés político na análise da denúncia contra o ex-presidente.

O deputado estadual Coronel David (PL) expressou preocupação com a imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, marcado para esta terça-feira (25). Em declarações recentes, o parlamentar questionou a atuação de alguns ministros, levantando dúvidas sobre a possibilidade de um julgamento justo e isento.

Coronel David argumenta que a presença de ministros como Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento compromete a neutralidade da Corte. Ele aponta possíveis conflitos de interesse, como o fato de Moraes ter sido vítima de ataques durante os eventos de 8 de janeiro, Dino ter ação penal contra Bolsonaro e Zanin ter sido advogado do Partido dos Trabalhadores (PT).

Além disso, o deputado defende que os eventos de 8 de janeiro não configuraram uma tentativa de golpe, mas sim um ato de vandalismo. Para ele, a aceitação da denúncia pelo STF seria motivada por questões políticas, prejudicando a credibilidade da instituição.

"No julgamento do recebimento ou não da denúncia contra o Bolsonaro poderemos ter a comprovação se o Supremo Tribunal Federal é de fato o guardião da Constituição ou se de fato - para tristeza geral da nação- se tornou um órgão que assumiu fazer do direito um instrumento da sua política", afirmou Coronel David.

O parlamentar espera que a denúncia seja rejeitada pelo STF, mas teme que o julgamento seja influenciado por questões políticas, o que aumentaria a descrença na Corte.

Contexto:

  • O STF julgará a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros acusados de envolvimento nos atos de 8 de janeiro.
  • A PGR acusa o ex-presidente de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
  • A defesa de Bolsonaro nega as acusações e alega que não há provas de seu envolvimento nos atos de vandalismo.
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